sábado, 19 de julho de 2008

Pegadas

A maior revolta do homem é quando olha para trás, analisa o seu percurso e repara que esteve caminhando sozinho e aos trambolhões, revolta essa que por muitos nunca irá ser compreendida, porque os incrédulos, os expectantes e os avarentos não têm conhecimento nem sabedoria para entender tudo o que nos acontece na vida.
Hoje olho para trás e vejo o meu trajecto, analiso e interrogo-me porque é que caminhei tantas vezes sozinho? Não compreendia, mesmo nada, mas fácil foi de entender que aquelas não eram as minhas pegadas, mas sim as pegadas de Alguém que me pegou e me levou para o caminho certo e fez de mim um Homem melhor e uma pessoa melhor, não é fácil aceitar que nos peguem e nos mostrem o caminho, mas chega uma altura da caminhada que é mais fácil agradecer e estar-se grato pelo que fazem por nós do que ter outro sentimento qualquer, a Ti te estou grato, mesmo muito grato por me dares o discernimento para continuar neste caminho e seguir o meu trajecto. Graças!
" O poço era fundo e mal se via a superficíe, as forças faltavam e a vontade começava a desaparecer, já sentado para não gastar as forças que me restavam, esperava pacientemente que tudo acabasse, raios de sol entraram no poço, uma luz forte e quente passou pelo meu corpo, uma sensação quase indiscritível não fosse, o sorriso envergonhado meio esboçado no meu rosto, um sinal de felicidade. Caíu a meu pés uma escada forte e robusta e a escolha foi fácil, agarrar no resto das forças e subir até à superfície. A subida não foi das mais fáceis, haviam perguntas, dúvidas, receios, indecisões mas tudo era sobreposto pela fé que tenho em mim e no que posso fazer, subindo e subindo e continuando a subir sentia-me cada vez mais forte e mais capaz, as forças apareciam do nada, quando o nada era tudo, o sorriso crescente na minha boca e na minha alma eram tão grandes que as cores tinham efeitos magníficos em tudo o que me rodeava, via-te a cara de vez em quando sem perceber bem o que se passava, joguinhos emocionias pensei eu, mais testes, mais provas duras que aparecem, mas não! Quando menos esperava e quando pouco faltava para o fim tive de parar para contemplar a tua beleza, a tua sinceridade e principalmente a tua maturidade gigantesta, assustado de morte não queria acreditar no que via, muito menos no que estava a sentir, olhando de uma forma pasma para ti analisei e ponderei todas as decisões que podia tomar e quais as consequências que cada uma delas podia ter para mim, para ti, para nós. Incapacitado pela constante falta de ar que me provocavas esquivava-me e escondia-me com medo até que inevitavelmente tivemos que nos cruzar, o impacto foi grande e absorvente e as dificuldades foram nenhumas em perceber o que estava a acontecer, estender-te a mão foi um gesto simples e racional.
Espero que a segures.
Graças!