terça-feira, 15 de janeiro de 2008

No meu poema...

Peço tudo porque quero tudo o que este mundo revoltado tem para oferecer,
Espero sentado numa pétala como quem só quer ver o tempo passar,
Mas olho para o relógio inquietantemente e desesperadamente à espera que passes,
O atraso é grande e a inquietude aumenta irriquietamente,
Saboreando o maravilhoso odor que esta pétala transmite sinto-te mais próximo,
Mas tão longe!
Olho para dentro e vejo tudo tão claro como se fosse o presente,
Uma gota desce pela pétala e cai-me na nuca,
Disperto! Acordo da serenidade do meu pensamento e sinto que quero voltar ao mesmo,
E volto!
Lá estou eu no topo percorrendo caminhos nunca dantes imaginados,
Sendo alguém nunca visto e pouco menos imaginado,
Quase parecendo ser uma criatura destinada para tal,
Outra gota vem no meu encontro,
Antecipo-me e desvio-me como se tivesse aprendido com a situação primordial,
E pergunto, então é isto?
Estou sentado inquieto e irrequieto e o que tens para mim é uma lição?
Segue-me, ouço dizer
E lá fui apreensivo, destemido, valente e cagarolas,
Fui ao epicentro das gotas,
Alguém sentado com um pequeno filete da flor ria-se e olhava para mim troçando,
Quem és tu?
Que fazes aqui?
Conheces-me?
A única resposta que tive seguida de uma gargalhada ia de encontro ao meu pensamento,
Que resposta vaga pensei,
Voltei a pensar e já não era tão vaga,
Então o que era?
Nada vaga de todo!
Pensamentos distantes que me enchem de esperança e de alegria cada vez que surgem,
Linhas rectas transformando-se em belas curvas,
Chuva solarenga transbordando de raridade e de exotismo,
Pedras afiadas caindo sobre mantos de algodão transformando-se em pétalas,
Coisas estranhas penso eu?
Coisas lindas diz uma voz,
Concordando em pensamento olho e nada,
Hum... Estranho...
Volto a olhar e vejo-me,
Esfrego os olhos,
Nada,
E subitamente escrito no céu azul celeste aparece uma palavra escrita,
Em tons de um azul cenoura a puxar o vermelho alface vejo escrito,
Leio, interiorizo, penso na questão e concordo afirmativamente com um gesto simbólico,
Com a cabeça a abanar para frente e para trás consigo ler,
ACREDITA!
FRLÓ!

6 comentários:

Anônimo disse...

No teu "Meu Poema" as palvras fazem sentido...
A profundidade dos teus sentimentos ecoa ao longo do poema, demonstrando serenidade e maturidade.

Lindo...

Johny Bravo disse...

Obrigado anónimo...

Anônimo disse...

Se buscares o cume da montanha, não darás importância às pedras do caminho!...
Serás feliz se viveres um dia de cada vez, se fores sentindo o odor das pétalas perfumadas, apreciando as curvas, a chuva solarenga e as palavras escritas nos tons azul-cenoura. Força! Tens aquela estrelinha especial... tão tua... só tua... ACREDITA!!!::.

Beijocas
Tina (a palhaça)

Johny Bravo disse...

Obrigado ohhh amiguinha... só tu me compreendes lol, eheheheheh, palhaça???? mas eu chamo-te isso?
LoL... No comment

Anônimo disse...

ACREDITA, ACREDITAR É O MAIOR TRUNFO.
O ABRAÇO DO MAIOR TEU AMIGO.
ARMANDO SOARES

Johny Bravo disse...

Maior e Melhor!!!
Abração Pappy