terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Há dias assim!

Há dias, há dias e dias!
São tantos que parecem poucos e valor nenhum lhes é dado só por serem mais um como outros tantos, porquê? pergunto eu, porquê?
Eles passam como brisas velozes que nos atingem a cara num dia de tempestade, passam cortantes como os ventos que se fazem sentir em furacões, passam distraidamente como agentes secretos infiltrados nas mais protegidas fronteiras, e porquê? pergunto eu, porquê?
Se são esses mesmos dias que nos enchem de alegrias, que nos fazem encher o nosso coração de sentimentos, culpas, arrependimentos, suspeitas, amor, são esses dias que nos fazem viver progressivamente, regressivamente, inconstantemente e incessantemente a vida, sim são estes dias, e porquê? porquê? pergunto eu...
Sentimentos oprimidos por tamanha dor ou por tamanha alegria, contradições vividas no deambular de algo bonito e sereno, ou será de algo feio e tempestuoso? Não sei, ou será que sei? Senti-los breves mas intensamente, faze-los durar e perdurar como se não houvesse amanhã, ou será que os queremos curtos e breves para faze-los passar mais depressa? Há dias! Há tantos dias que não lhes damos o devido valor, e porquê? porquê? pergunto eu...
Involuntariamente, penso eu, não damos valor ao mais importante,e o que é o mais importante? O que é para ti não é para mim de certeza, mas é isso que os tornam belos, inquietantes, cheios de suspence, ridiculos, por vezes mortos, outras vezes vivos demais para acreditar que são verdade, chuvosos, secos, ventosos, solarengos, aproveitados, desleixados, inquietantes e acima de tudo propícios... Sim propícios, porque tudo tem a sua razão de ser e existir, tudo tem a sua lógica compreensível ou não, se não entendes faz por isso, se o entendes disfruta disso,mas nunca te esqueças do propício e oportunos que eles são para nós!
E porquê pergunto eu, porquê?
Sabes? Eu não! Mas calculo!
Hoje pode não ser o dia, mas porque é que amanhã talvez será? Hoje não dá muito jeito, mas amanhã dará? Hoje não posso, e amanhã podes? Talvez noutro dia, qual dia?
Porquê? Porquê? Pergunto eu...
Há dias certos para rir, chorar, saltar, ir às compras, fazer amor, praticar um desporto, dar um beijo, ter uma conversa, sentir saudades, sentir ódio, sentir raiva, sentir solidão, sentir amor, sentir prazer, fazer a barba, fazer uma surpresa, fazer o que quer que seja? Não! Apenas há dias propícios, penso eu.
Porque não acreditar em algo? Porque não querer que algo aconteça? Porquê esperar?
Porquê? Porquê? Pergunto eu....
Será que não vês o que vejo, quando olho para ti...
Interpretações irreais perturbam o desencadear de acontecimentos cataclismicos...
Questões maiores levantam-se quando penso que não devia estar aqui...
Um homem é mais sensivél por chorar...
Erro se penso como homem...
Nunca digas nunca...
Inteligência a minha que só me faz delirar em constante discernimento...
Qualquer um é capaz...
Uma divergência é sinónimo de concordância...
Então que faço aqui?
Porquê? Porquê? Pergunto eu...
Há dias assim...

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