terça-feira, 18 de março de 2008

Na outra margem

Fatigado pela pressão existente em seu redor Gennaro sentia-se cansado, atordoado pelo efeito tardio de uma cápsula que tomara, ele sentiu-se estremecer e caíu redondo num solo duro de soalho flutuante. Acordou estremunhado com o canto da boca, que se encontrava mais perto do chão, babado e seco, deambulou estranhamente apoiado nas costas de cadeiras existentes na sala e procurou um copo de água que sabia ter deixado ali aquando tomara a cápsula, deliciou-se com a água limpida e engarrafada que comprara dias antes, soltou um ah! de satisfação. Abriu o outro olho que ainda estava dorminhoco e abriu um pouco da persiana viu o sol, o que o fez despertar mais um pouco, procurava o telemóvel para ver quanto tempo tinha parado no tempo, assustou-se alegremente pois só tinham passado 3h30, passou os olhos pelo visor e procurou milacorosamente pelo símbolo de uma carta, nada, o costume. Desceu as escadas em direcção à casa de banho, banhou-se e perfumou-se com aquele perfume característico que já se tornava imagem de marca, vestiu uma roupa cómoda e apressadamente se dirigiu à cozinha ligou a máquina de café amarela que morava ali há pouco tempo, tirou um café acendeu um cigarro e disfrutou do momento olhando para o infinito pela janela da cozinha.
Destemido e confiante encarou sem problemas mais um dia rotineiro de trabalho, Isabella já tinha saído e tinha deixado um recado junto da jarra de orquídeas que se encontrava no hall da entrada: "Não te quis acordar parecias um anjo. Vemo-nos logo. Beijo Bella Amo-te", satisfeito por ler o recado deixado por Isabella saíu sorrindo com aquele sorrisinho característico.
Chegou do trabalho tarde, o "inferno" tava um caos, doentes e mais doentes, uns sim outros não mas o que se podia fazer a realidade é essa. Ligou a televisão para fazer um zapping enquanto punha qualquer coisa na boca, pouco se passava, tudo na mesma. Desligou a televisão, lavou os dentes e foi-se deitar, lá estava ela Isabella deitada como num conto de fadas, uma verdadeira bela adormecida inquieta para ser beijada ternurantemente e apaixonadamente. Acordou-a, ela sorriu para ele com um olhar esbugalhado de satisfação e fadiga, «só agora diz ela?» «obrigado pelo postal inspiras-me sabes,atrasei-me, fiquei de conversa por causa de umas trocas. E tu já dormes?» «sim tava cansada, fiquei à tua espera mas deixei-me dormir», gennaro beijou-a e a reacção foi positiva, fizeram amor como se fosse a primeira vez, louca e apaixonadamente, entrelaçaram-se no seu jeito comúm e adormeceram, gennaro acordou sobressaltado como se o mundo tivesse desaparecido isabella acompanhou-o e perguntou «que se passa genni?», gennaro com a respiração ofegante respondeu «nada de especial só não me perdoaria se passasse um dia sem dizer que te amo» «eu também te amo genni». Voltaram a aninhar-se e adormeceram.
FRLÓ!!!

Nenhum comentário: