quinta-feira, 13 de março de 2008

A nossa casinha...

"A nossa casinha", é tão bom termos uma casinha que nos faz sentir bem, aquela era a nossa mas nunca nossa casinha, parecia de bonecas, tudo gigantonicamente pequeno. Lembram-se?
Aquele balcão de cimento que tantas bolas me fez gastar, aquela porta da frente que raramente se abria e quando se abria fazia uma chiadeira terrivél de tão impenada e descaída que tava com aquele tom vermelho escuro a puxar o grená, bem que cena, dois quartitos frente a frente o deles, com aquela cama antiga e típica com aquela imagem do Zé Carlos (Linda), cómoda de 3 gavetas mesmo à frente da cama não cabia noutro lado diga-se de passagem, o guarda-fato no lado direito quem entra no quarto e o berço, o meu berço que agora é do Riqui, branco, que imagem, e de fronte o meu quarto mobília que ainda hoje resiste à tão peristente traça, cama que ainda hoje me aconchega quando quando me apetece, escrevaninha deliciosa que tanto usei e abusei, confidente e amiga, trabalhadora quando precisei, que memória! E a sala, aquele movél castanho escuro com as risquinhas douradas, a bela da mesa redonda com o tampo de vidro, os sofás que eram esponjas fofas e paralelipípidas das élices das primeiras ventoínhas heólicas que chegaram lá, que o meu pai pôs com a magnífica PPM, a sala!!!, aquela televisão que me fascinava absolutamente que tinha uma marca que eu achava ser qualquer coisa de espectacular CEE, lindo, serões passados em família, as brincadeiras, as garagens conseguidas com os joelhos dobrados do grande Armando, os cotores, as órelas a árvore de natal sempre ao canto e ao lado da janela que dava para o quintal. A cozinha, a grande cozinha, movéis de madeira magistralmente colocados e feitos por medida, gavetas perras e pesadas de madeira mociça, os talheres com aqueles símbolos iguais ao simbolo do "naipe de ouros", aquela porta que dava para o sotão, que só se ia lá duas vezes por ano e que para lá ir era preciso engolir um frasco de coragem e rezar para que os roedores não aparecessem, aquela casa de banho construída fora de tempo mas limpa e harmoniosa, esplendorosa arrisco-me a dizer! A porta do quintal que sempre que se abria cortava as ervas que por detrás dela cresciam desenfriadamente, o giló, ei o giló, um carneiro que era tipo cão e que não ladrava porque nunca lhe ensinaram, até a porta abria sozinho, aquele Renault 5 estacionado lá atrás, JI-24-74 era a matrícula. É tão lindo recordar e ser feliz com essas recordações!
É tão lindo!
Eu, Mãe e Pai. O Riqui já quase nem teve lá, teve o suficiente para me lembrar do meu berço que era dele.
Obrigada por tudo adoro-vos aos 3, amo-vos aos 3, sem dúvida os meus melhores amigos.
Snif!
FRLÓ!!!

2 comentários:

Anônimo disse...

Doces memórias as da infância! No texto é possível captar o teu sorriso :) Continua a deixar fluir as palavras que vêm de dentro. Força para seguires em frente nesta longa caminhada; a vida! Um percurso em que apenas os que se dão à experiência, esses sim, vivem intensamente!
Desta tua amiga, Bruna*
FRLÓ!!! lolol

Anônimo disse...

Grande filho.

ès o meu maior amigo.

nem sei o que diga.

um beijo